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Descomissionamento de ativos no Brasil: oportunidades e desafios para a indústria offshore

Cenário atual

Um dos assuntos que temos visto bastante em alta no mercado offshore e que continuará sendo falado nos próximos anos é o descomissionamento de ativos em plataformas. Elas possuem um tempo de vida útil em torno de 15 e 25 anos, dependendo do tipo de estrutura, e quando chegam ao seu limite de produção precisam ser desmanteladas, deixando o local em que se encontravam dentro de suas condições originais. 

Atualmente no Brasil existem cerca de 20 plataformas de óleo e gás localizadas na Bacia de Campos que já possuem aprovação para serem descomissionadas nos próximos anos. Isso significa que as petroleiras devem realizar a desmontagem de diversos equipamentos encontrados dentro das plataformas, mantendo em segurança as pessoas envolvidas e o meio ambiente. 

Desafios e Oportunidades

Este processo é complexo, burocrático, requer um cronograma longo e envolve profissionais de diversas áreas. Por isso, exige também um grande investimento por parte das petroleiras. 

Todo o procedimento é minuciosamente estudado e aprovado pelos órgãos regulatórios, respeitando as normas e legislações vigentes. Uma das maiores preocupações é fazer o gerenciamento dos resíduos e equipamentos de forma correta, sem ocasionar nenhum dano ao ecossistema.

Avaliando o cenário por uma outra perspectiva, a demanda por serviços de descomissionamento irá gerar novos empregos e aquecer o mercado offshore no Brasil durante os próximos anos. De acordo com um estudo feito pela consultoria ambiental dinamarquesa Ramboll, e divulgado pela EXAME, este processo deve movimentar cerca de 26 bilhões de reais até 2024.

Além das plataformas que serão descomissionadas na Bacia de Campos, existem mais de 60 unidades móveis no Nordeste que possuem seu tempo de operação esgotados: 

(http://www.anp.gov.br/arquivos/palestras/apresentacao-descomissionamento-oportunidades-desafios.pdf)

1º Descomissionamento de FPSO realizado no Brasil

O FPSO Cidade do Rio de Janeiro foi o primeiro a ser descomissionado no Brasil. A AES Union teve a oportunidade de participar deste momento, realizando serviços como Limpeza de Tanque, Limpeza Top Side, Desmontagem de Equipamentos e Gerenciamento NORM. Com uma equipe multidisciplinar e soluções completas para o gerenciamento de ativos offshore, conseguimos participar de diferentes etapas deste processo.

O que esperar do mercado?

Espera-se, portanto, um futuro promissor de novos serviços para este mercado e que, com a retomada da economia, tenhamos também uma alta nas atividades upstream, fomentando o setor de óleo e gás em escala global. 

Enquanto isso, precisamos buscar sempre inovar nas nossas soluções, estando atentos às novas tecnologias e oportunidades que podemos ofertar para o mercado, visando sempre encontrar um oceano azul em meio à outras dificuldades.